A PRAGA DOS JUROS E OS RESPONSÁVEIS - COPOM E BC
Por Luiz Carlos Pohlmann Correa
24/03/2016

Uma rápida visão do problema que realmente esta travando nosso desenvolvimento econômico.

O problema não se restringe a simples troca de governo, mas uma realidade complexa e de difícil solução pelo montante atingido.

 

O vice-presidente da república na sua época de mandato, José Alencar, disse que a falta de verba para pagar reajuste linear de 15% aos servidores do Legislativo é um problema orçamentário. Para Alencar, a dificuldade de verba no Orçamento da União se deve às altas taxas de juros. A principal rubrica do Orçamento é relativa ao pagamento da dívida, rolada com uma taxa desapropriada. Falta dinheiro não apenas neste caso, mas para tudo: estrada, saúde, educação, afirmou. 01/09/2005

JOSÉ ALENCAR: "Não adianta aumentar a taxa de juro para combater o aumento de preço do petróleo ou das commodities agrícolas. O Juro alto acaba provocando mais inflação porque inibe o investimento". Alencar, em solenidade no Ministério da Defesa, usou com base do seu raciocínio para contestar toda a gestão da economia. Argumentou que, na hora em que as taxas caírem, a dívida pública também vai diminuir, uma vez que parte dela é reajustada por esses juros. Falamos que temos responsabilidade fiscal. Na verdade estamos sendo irresponsáveis. O orçamento é altamente deficitário apesar do elevado patamar do superávit primário, porque as taxas de juros com que rolamos nossas dívidas são despropositadas. Ela não pode continuar porque entravam o crescimento. 25/07/2008.

COPOM  -  Ricardo Patha presidente da UGT  (União Geral dos Trabalhadores)

O Copom se torna refém do capitalismo predatório que beneficiam agiotas e especuladores e, em nome de um suposto controle inflacionário, se alia aos que apostam contra o crescimento da economia. ZH 29/04/2010

DÍVIDA PÚBLICA

A dívida pública é contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal.

Em janeiro de 1995 a dívida pública era de R$ 60 bilhões.

Em 30/06/2002 a dívida era de R$ 701 bilhões e a externa R$ 200 bilhões.

Em 21/05/2010 a dívida era de R$ 1,585 trilhões.

Em fevereiro de 2016 o Estoque da Divida Pública Federal  era R$ 2,819 trilhões

(http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/517706/Texto_RMD_Fev_162.pdf/9fa4e031-7106-4e25-86c3-138ee223f525)

 

GASTOS COM A DÍVIDA

O governo gastou com os juros em outubro/11 R$ 20,25 bilhões. De janeiro a outubro R$ 197 bilhões e em 12 meses R$ 235,8 bilhões. ZH - 27/11/2011

DÉFICIT PÚBLICO AUMENTA

A dívida líquida do setor público (balanço entre o total de débitos e créditos do governo federal, estaduais e municipais) atingiu R$ 2,186 trilhões em fevereiro (36,8% do PIB). A dívida pública (contabiliza apenas o passivo dos governos federal, estaduais e municipais) somou R$ 4,017 trilhões ou 67,6% do PIB. ZH 31/03/2016

Os títulos da Dívida Pública não ficam com os bancos, estes repassam para os Fundos de Renda Fixa, que por eles são administrados. Logo abrange uma fatia enorme de aplicadores individuais e institucionais, o que torna extremamente difícil uma solução rápida e indolor.  

 

(*) Luiz Carlos Pohlmann Correa é  ex- funcionário do BB- aposentado, e Conselheiro de Ética do MPB

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