Supremo recusa travar destituição de Dilma Presidente garante que vai defender mandato.
Por Domingos Grilo Serrinha, correspondente no Brasil do Correio da Manhã de Lisboa
O Supremo Tribunal Federal brasileiro rejeitou sumariamente duas ações legais que pediam a anulação do processo de destituição da presidente Dilma Rousseff, instaurado quinta-feira pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Dilma é acusada de crime de responsabilidade, por ter autorizado aumentos de gastos pelo governo à revelia do Congresso e realizado manobras fiscais ilegais para esconder a penúria dos cofres públicos Uma das ações, interposta pelo Partido dos Trabalhadores, foi negada pelo juiz Gilmar Mendes, e a outra, interposta pelo Partido Comunista do Brasil, foi rejeitada pelo juiz Celso de Melo. Na fundamentação dos pedidos, os partidos alegavam que se o presidente do parlamento soube de supostos crimes praticados por Dilma, deveria ter exigido explicações por escrito à presidente, só podendo instaurar o processo se não obtivesse resposta ou se esta não fosse suficientemente convincente. Uma terceira ação, da autoria do deputado comunista Rubens Pereira Júnior, foi recebida pelo juiz Edson Fachim, que pediu a todas as partes envolvidas, incluindo Dilma e Cunha, mais informações antes de decidir sobre o pedido. Esta sexta-feira, num discurso em Brasília, Dilma refutou todas as acusações e garantiu que vai lutar até ao fim para defender o mandato, pois, asseverou, não fez nada ilícito. A presidente disse ainda que a instauração do processo de destituição é, na verdade, uma tentativa de golpe, e o alvo não é ela e sim as conquistas políticas e sociais alcançadas nos 13 anos de governos comandados por ela e por Lula da Silva.
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